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Biogás contribui para a saúde da mulher na agricultura familiar

Em maio de 2020 teve início a segunda edição do Projeto ERA -Energias Renováveis da Amazônia, que tem como objetivo fortalecer as ações de empoderamento e protagonismo feminino associando isto à diminuição dos impactos climáticos através de energias renováveis inseridas nas propriedades da agricultura familiar. Com o projeto há aumento da renda, diminuição do desmatamento, conservação da biodiversidade e melhoria das condições de trabalho e saúde para mulheres da zona rural.

Muitas famílias tiveram interesse em participar do processo seletivo e serem beneficiadas com o biodigestor, mas apenas 8 delas foram selecionadas, através de um diagnóstico socioeconômico.

Após a seleção, as primeiras instalações foram realizadas a partir de maio deste ano, nos municípios de Itapuã do Oeste, Cujubim e Rio Crespo. A Rioterra fornece os materiais e assistência técnica e o beneficiário fica responsável pela mão de obra, instalação e manutenção do biodigestor.


O biodigestor é um equipamento fechado, alimentado de resíduos orgânicos como dejetos suínos, bovinos e aviários, resíduos agrícolas, resíduos de lavagem e ração. Esses materiais são misturados com água e, através de um processo anaeróbico onde bactérias atuam nesses detritos e os transformam em biogás e biofertilizante.

O biogás é um composto de gás metano e gás carbônico, que pode ser utilizado como combustível para energia térmica, como em fogões e geração de energia elétrica, quando acompanhado de um gerador. Já o biofertilizante é um adubo natural, rico em minerais e pode ser usado no solo de hortas e lavouras. Além disso, o biodigestor gera benefícios financeiros para o agricultor, pois a economia das famílias a partir das instalações é de cerca de 2 mil reais ao ano o que equivale aproximadamente 15% da renda anual (segundo dados do IBGE). Contribui também diretamente para saúde da mulher, evitando que seja exposta a fumaça liberada nos fogões a lenha, diminuindo assim o risco de doenças pulmonares.

Esquema de sistema de biodigestão


Um dos objetivos do projeto é dar visibilidade à mulher do campo, as agricultoras são as protagonistas dessa iniciativa. Todas as beneficiárias são mulheres e são as responsáveis pelo sucesso desse projeto.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último Censo agropecuário, realizado em 2017, o número de mulheres dirigindo propriedades rurais no Brasil cresceu. Dos 5,7 milhões de estabelecimentos agropecuários no Brasil, quase 1 milhão conta com mulheres rurais à frente, o que representa 19% do total, superando os 13% levantados no Censo agropecuário de 2006.

A maioria se encontra na região Nordeste, com 57%; seguida pela Sudeste, com 14%; Norte, com 12%; Sul, com 11%; e Centro-Oeste, com 6% de mulheres dirigentes. Juntas, elas administram cerca de 30 milhões de hectares, o que corresponde a 8,5% da área total ocupada pelos estabelecimentos rurais do país.

Todos os agricultores que participaram da seleção são atendidos pela Rioterra através do ERA com assistência técnica voltada para orientações relacionadas à gestão das atividades produtivas das propriedades rurais.

Objetivos apoiados por esta iniciativa:

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