Aconteceu no dia 13 de dezembro a inauguração da sede da Colônia de Pescadores Z3, em Pimenteiras do Oeste, RO. A atividade é uma das etapas do projeto Peixe Vivo executado pelo Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia Rioterra, com doação financeiro do programa ARPA, por intermédio do Funbio, e apoiado pela Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia SEDAM e pela Secretaria de Aqüicultura e Pesca/ SEAP.
A comemoração, organizada pelos pescadores, celebrou além da reforma da sede, a conclusão dos cursos de comunicação e inclusão digital para seus membros. O projeto Peixe Vivo tem como objetivo fortalecer o capital social em Pimenteiras e melhorar a renda dos seus moradores. Através da utilização adequada dos recursos pesqueiros existentes na região e a habilitação técnica em atividades associadas a Rioterra acredita que haverá uma diminuição na pressão sobre os recursos naturais do Parque Estadual Corumbiara, o que contribuirá para a conservação dessa unidade de conservação
A iniciativa é pautada na estruturação da atividades produtivas da Colônia e melhoria dos processos de gestão e participação social entre os beneficiários e a comunidade.
Estão previstas para 2009 mais atividades de fortalecimento do capital social através de cursos de formação em direito ambiental, em inclusão e fortalecimento das relações de gênero, raça e etnia, em ecologia da pesca, gestão territorial e ambiental, além de elaboração de projetos. As reformas estruturais na fábrica de gelo e a realização do mapeamento participativo servirão como ferramenta para a discussão de políticas públicas e a criação de acordos de pesca entre o setor pesqueiro e o turístico.
As ações da Rioterra fazem parte do programa ARPA, criado em 2002 pelo Governo Federal, com a ambiciosa meta de proteger 500 mil quilômetros quadrados do bioma Amazônia, uma área equivalente ao território da Espanha ou duas vezes o Estado de São Paulo. A iniciativa visa fortalecer e ampliar a infra-estrutura de unidades de conservação (UCs), permitindo seu pleno funcionamento e o cumprimento de sua missão de conservação da biodiversidade. Considerando as necessidades e os interesses das populações locais, o Arpa prevê o desenvolvimento e a implementação de estratégias de cooperação que visam otimizar a efetiva consolidação das UCs, fortalecendo o seu entorno do ponto de vista social e ambiental.
Nesse contexto a Rioterra tem muito a comemorar por tudo que conquistou nos últimos meses, pelos espaços que ocupou e pelos parceiros que pôde sensibilizar para a causa socioambiental. Entretanto, sua responsabilidade aumenta quando toma consciência de que os problemas e desafios que enfrentará daqui para frente são proporcionais as nossas vitórias até agora alcançadas.
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