O Laboratório de Geotecnologia do Centro de Estudos Rioterra que realiza o monitoramento ambiental do entorno da FLONA Jamari, constatou pelo processamento e análise dados dos focos de calor obtidos junto ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/INPE, através de imagens de satélite, uma redução de aproximadamente 50% dos focos de calor em relação ao ano anterior na região da Floresta Nacional do Jamari e na sua zona de amortecimento.
De acordo com o LABGEO Rioterra os dados analisados mostraram que no ano de 2010, no período de 01 de julho a 31 de agosto, foi constatada a existência de 153 focos de calor. Já neste ano, no mesmo período, foram registrados 75 focos. Este decréscimo foi considerado significante pelos pesquisadores do Centro para conservação da Unidade. Fabiana B. Gomes, coordenadora de geotecnologia explica que esta época do ano é considerada crítica, pela alta flamabilidade da floresta devido a forte incidência de calor. A maior concentração de focos de calor na zona de amortecimento da Flona relaciona-se com a recente ocupação ao longo na RO-205, como mostra a imagem.
Dentre os fatores que podem ter colaborado com a diminuição estão o trabalho do ICMBio, que recentemente implantou o centro de combate a queimadas na Unidade. Este centro atende não apenas a região, mas outras áreas protegidas no sudoeste da Amazônia. O aumento dos índices de chuva para o períodos em relação ao ano passado, os trabalhos de educação ambiental realizados pelo projeto Semeando Sustentabilidade, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental, executado pelo Centro de Estudos Rioterra e a inexistência de eleições este ano.