A captação de sementes de espécies florestais nativas e o fortalecimento da Rede de Sementes da Amazônia foram temas debatidos no último dia do Seminário Perspectivas Florestais para Conservação da Amazônia, realizado dias 11 e 12 de julho, na Unir/Centro, em Porto Velho, promovido pelo Centro de Estudos Rioterra e Universidade Federal de Rondônia, com patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental.
O doutor Eduardo E. de Lima e Borges, pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFV), palestrou sobre atuação do Laboratório de Sementes da UFV e as perspectivas de comercialização. Considerou como obstáculos as dificuldades para obter sementes de qualidade e em quantidade suficiente para atender a crescente demanda. Borges disse que é preciso mais investimentos em pesquisas na Amazônia e aproveitar o potencial das espécies pouco conhecidas.
A doutora Isolde D. Kossmann Ferraz, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), apresentou a Rede de Sementes da Amazônia, criada em 2001 com apoio do Ministério do Meio Ambiente. A missão da rede é contribuir no reflorestamento, na recuperação de áreas e conservação de espécies.
O tema Economia de Floresta em Pé foi apresentado por Thais Felipelli, da Biofílica (SP), que falou sobre formas de aproveitamento econômico a partir dos ativos proporcionados pelos serviços ambientais, principalmente carbono.
O doutor Carlos Alberto Cid Ferreira, do INPA, apresentou parte de sua pesquisa sobre as campinas da Amazônia. Cid Ferreira disse que as campinas são um ambiente pouco estudado, de elevada diversidade e com um grande potencial biotecnológico que precisa ser pesquisado. “Há espécies extremamente resistentes ao aumento de temperatura que podem ser fundamentais para manutenção da biodiversidade amazônica devido as condições de aquecimento global”, falou o pesquisador.
O biólogo Willian Assunção, do ICMBio, palestrou sobre a importância da manutenção da biodiversidade em Unidades de Conservação (UC). A doutora Renita Betero C. Frigeri, UNIR mostrou resultados parciais das pesquisas feitas até o momento sobre fisiologia de sementes florestais realizadas através do projeto Semeando Sustentabilidade. A pesquisadora destacou o ineditismo dos trabalhos e sua grande contribuição para conservação da biodiversidade na Amazônia.