Anos de trabalhos e sonhos devastados. Duzentos e setenta hectares de floresta em restauração foram consumidos pelo fogo. A área implantada em 2020, um espaço equivalente a aproximadamente 270 campos de futebol, foram perdidos junto com toda a sua diversidade. Os desmatamentos e as queimadas seguem aniquilando nosso bioma.
Ao que tudo indica, mais um pedaço de floresta em processo de restauração foi devastado por iniciativa criminosa. A área faz parte da Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá, localizada em Machadinho do Oeste, Rondônia. Nesta área haviam sido plantadas mais de 100 espécies nativas da Amazônia, dentre elas, 5 ameaçadas de extinção (Mogno, Itaúba, Castanha, Cedro Fissilis e Cedro Odorata).
Em um momento em que há tantas discussões sobre restauração, editais sendo lançados, concessões planejadas, ficam alguns questionamentos: para as concessões em áreas públicas qual o papel dos Estados? Qual o nível de preparo de cada um dos Estados? Para que tipos de situações estão preparados? Como atuar preventivamente? Podemos desenvolver seguros que não tornem os projetos economicamente inviáveis? Quem garante a “permanência”? São questões que precisam ser debatidas, para que nosso trabalho siga acontecendo e gere os frutos.
No Brasil entre 1985 a 2022 foram 185 milhões de hectares aniquilados pelo fogo, de acordo com dados da MapBiomas. Nossa missão na Rioterra é possibilitar a conservação da biodiversidade, desta maneira, reduzir as vulnerabilidades sociais.
Apesar da enorme tristeza em ver o fogo destruir mais um pedaço de floresta, nossos esforços continuam para garantir que a vida continue.
Não existe depois. A conscientização ambiental é urgente.
Maio de 2023
Setembro de 2023