Hoje é o aniversário do Centro de Estudos Rioterra!
Conheça como essa história de trabalhar pelo desenvolvimento sustentável conectando pessoas pela conservação da Amazônia começou
Há 22 anos, em 1º de outubro de 1999, era criado o Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente Rioterra.
A história desse movimento liderado por jovens mergulhadores preocupados com o lixo deixado por banhistas nos rios da Amazônia rondoniense nasceu de forma despretensiosa com o propósito de trabalhar a educação ambiental e a limpeza de rios. Em duas décadas, expandiu sua atuação para se tornar a organização ambiental de Rondônia com o maior banco de informações sobre restauração florestal e de maior experiência acumulada na promoção de ações pioneiras e inovadoras de reflorestamento em escala na Amazônia.
“Éramos um grupo de mergulhadores que, além do prazer em praticar o esporte, queríamos ser contribuição para a conservação dos lugares por onde mergulhávamos. Começamos a fazer a limpeza dos rios e percebemos que era preciso também orientar os frequentadores para não poluírem mais. As ações de educação ambiental ganharam amplitude e em 2004 tivemos nosso primeiro projeto apoiado através da Lei Rouanet. Com o “Amazônia vai à Escola” percebemos que poderíamos contribuir ainda mais e fomos em busca de novas formas de realizar nosso trabalho”
lembra Alexis Bastos, um dos fundadores da organização que ao longo desses 22 anos de atuação no Centro de Estudos Rioterra tornou-se geógrafo com pós-doutorado na área e atualmente é responsável pela Coordenação dos Projetos da instituição.
O trabalho de educação ambiental, realizado na época principalmente através de palestras e organização de eventos, expandiu para novos formatos e, entre 2000 e 2006, o grupo produziu vários documentários sobre as culturas indígenas e os impactos das atividades humanas na transformação do ambiente amazônico em parceria com instituições como a Associação Kanindé e o WWF.
Em 2006, o projeto “Germinando Mudanças Sustentáveis” aprovado em um edital do Ministério do Meio Ambiente, inaugurou uma nova fase na atuação da organização pela conservação da Amazônia. Foi o primeiro projeto implementado pela instituição para o desenvolvimento de atividades de geração de renda e empoderamento social da instituição.
“Esse projeto representa a semente do que realizamos hoje pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Na época, trabalhamos com biojóias, envolvendo o protagonismo feminino e integrando formas de promover o desenvolvimento econômico das populações da Amazônia aliado a conservação da floresta em pé, que é a essência do trabalho que realizamos hoje”,
analisa Fabiana Barbosa Gomes, outra fundadora do CES Rioterra que também tornou-se geógrafa com doutorado na área e atualmente é vice-presidente e coordenadora do setor de Análise e Monitoramento da Paisagem na instituição.
Se o início desse movimento foi pautado nos ideais de um grupo de jovens que buscavam contribuir onde e da forma que fosse possível pela conservação da Amazônia e da melhoria da qualidade de vida dos povos que nela vivem, nos anos seguintes, o propósito da organização ganhou novos aliados para expandir e estruturar suas formas de contribuição.
Sobre este período de transição de um movimento liderado por jovens motivados em transformar o contexto socioambiental na Amazônia para tornar-se efetivamente uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e uma instituição de Inovação, Ciência e Tecnologia (IICT) com o objetivo de contribuir para a formação de uma sociedade crítica, consciente de seu contexto socioeconômico e ambiental, capaz de propor um modelo de desenvolvimento para região amazônica que alie conservação e sustentabilidade à melhoria da qualidade de vida das populações locais é o que você vai conhecer nas próximas matérias destas série sobre a história do Centro de Estudos Rioterra.
Os conteúdos serão publicados semanalmente neste mês de aniversário da organização.