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Plano de Recuperação

CES Rioterra e SOS Amazônia cooperam para desenvolver plano de recuperação da cobertura vegetal no Sudoeste da Amazônia

A proposta é desenvolver e implementar um plano de reflorestamento em escala com foco na adequação ambiental de propriedades da agricultura familiar e unidades de conservação.

Construir um plano de recuperação da cobertura vegetal para o Sudoeste da Amazônia. Com este objetivo, profissionais da SOS Amazônia, organização ambiental que há mais de 30 anos atua no Estado em apoio à populações tradicionais e pela conservação da Amazônia, esteve em Rondônia nos dias 14 e 15 de outubro, para conhecer o trabalho desenvolvido pelo Centro de Estudos Rioterra e dialogar sobre possíveis ações entre as duas instituições.

Com a proposta inicial de unir conhecimentos e experiências das duas instituições na elaboração e implementação de um plano de recuperação da cobertura vegetal das regiões do Acre conhecidas como Alto e Baixo Acre, a visita técnica faz parte da agenda de ações da Agência Internacional de Cooperação para Amazônia (AICA), uma iniciativa de cooperação e articulação entre organizações ambientais para melhorar as questões de gestão territorial no Sudoeste da Amazônia, região composta pelos estados de Rondônia, Acre, Amazonas e Mato Grosso.

Adair Duarte, coordenador de projetos da SOS Amazônia, contou que a experiência do CES Rioterra em ações de recuperação da cobertura vegetal em escala, e no reflorestamento com foco no atendimento ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) para apoiar produtores rurais na adequação de suas propriedades à legislação ambiental brasileira, foram os aspectos que geraram interesse na organização acreana em conhecer melhor o trabalho da instituição de Rondônia e expandir as possibilidades de parceria.

“Nossa experiência com reflorestamento e conservação florestal tem como base o apoio às comunidades tradicionais através do fortalecimento de mercados para os produtos da floresta, por isso, nossa atuação hoje é em pequena escala. Queremos expandir nosso trabalho para as regiões do Alto e Baixo Acre, onde há demanda para o reflorestamento em escala em atendimento à legislação florestal. Para isso, acreditamos que os conhecimentos desenvolvidos pelo CES Rioterra nos anos de atuação nesta área podem complementar nossa experiência no desenvolvimento de novos projetos”, explicou Duarte.

Durante a visita, a equipe da SOS Amazônia esteve em Itapuã do Oeste para conhecer a Floresta Nacional do Jamari, de onde são coletadas as sementes para a produção de mudas; o Viveiro do Centro de Estudos Rioterra, onde são produzidas anualmente mais de 1 milhão de mudas destinadas as ações de reflorestamento da instituição; e também propriedades da agricultura familiar com áreas degradadas que já foram recuperadas através de diferentes modelos de Sistemas agroflorestais e restaurações ecológicas.

Para ampliar os conhecimentos sobre como as ações dos projetos são implementados e entender mais profundamente sobre os mercados e oportunidades que existem no Setor Florestal a partir do contexto amazônico, os visitantes participaram também de reuniões com profissionais do CES Rioterra.

“Nós os levamos para conhecer todos os processos desde a semente coletada na floresta até uma área reflorestada com grandes árvores, plantadas há mais de 10 anos. Eles também conversaram com as equipes responsáveis por cada aspecto necessário para a implementação de projetos como este, que querem realizar no Acre. Para nós, é muito importante fazer a transferência de tecnologia e conhecimento”, detalhou Alexis Bastos, coordenador de projetos do Centro de Estudos Rioterra.

“Respeitando as características de cada ambiente, é possível replicar modelos que observam metodologicamente as mesmas questões e, assim, ampliar os processos de recuperação da cobertura vegetal em escala em todo o sudoeste da Amazônia”, complementou Bastos.

Além de contribuir para a diminuição da vulnerabilidade social de povos da Amazônia com o incentivo à produção a partir da floresta em pé, a ampliação de ações de reflorestamento em escala de acordo com o Código Florestal brasileiro, contribui também para as metas firmadas pelo Brasil em atendimento à políticas internacionais de combate às mudanças climáticas, como a do Acordo de Paris, em que o país se comprometeu a implementar o código florestal em todo o seu território e a recuperar 12 milhões de hectares de áreas desmatadas até 2030.

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