Reflorestamento em grande escala na Amazônia mostra resultado
O projeto de reflorestamento em grande escala realizado pelo Centro de Estudos Rioterra em uma Unidade de Conservação na Amazônia está mostrando resultados bem-sucedidos e traz esperança para a conservação da biodiversidade na região.
Um total de 260 hectares desmatados ilegalmente na Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá, unidade de conservação estadual, localizada nos municípios de Cujubim e Machadinho do Oeste, Rondônia, foram recuperados com o plantio de 360 mil mudas de espécies nativas da Amazônia, incluindo cinco espécies ameaçadas de extinção.
Um ano e meio depois, a restauração está em rápido desenvolvimento, com árvores já cobrindo toda a superfície e a floresta crescendo saudável. Imagens aéreas da área mostram a evolução da área reflorestada e os resultados animadores.
O CES Rioterra, organização sediada em Rondônia, realizou o projeto pioneiro de reflorestamento em grande escala em dezembro de 2020, com o apoio das organizações internacionais Reforest’Action e Tree-Nation.
“O que com certeza ajudou nesse resultado inspirador é o fato de que o território, apesar de ser uma área muito grande, é cercado por uma floresta muito bem conservada na reserva”, comentou Alexis Bastos, coordenador de projetos do CES Rioterra. “O trabalho está sendo acompanhado por pesquisas que nos permitirão criar parâmetros para outros territórios da floresta amazônica”, disse Bastos.
Benefícios para todos
O projeto gerou mais de 100 empregos para a comunidade da Resex, onde moram cerca de 35 famílias. Além disso, foram plantadas árvores frutíferas nativas da Amazônia que gerarão renda econômica ao longo dos anos à comunidade da região.
“A sensação de ver agora todas as árvores desse tamanho, em uma área que antes era só capim, é de muita alegria e satisfação, mal consigo descrever. Mostra que todo esse trabalho, todo esse esforço valeu a pena”, comenta com orgulho Denise Viana Borges, presidente da Associação de Moradores da Reserva (Asmorex).
Resultados e metas ousadas
A Rioterra possui viveiro com capacidade para produzir cerca de dois milhões de mudas por ano de espécies nativas da floresta amazônica voltado para atender projetos de reflorestamento em grande escala, em unidades de conservação, terras indígenas e propriedades rurais, principalmente da agricultura familiar, onde o carro chefe é recuperação de áreas degradadas de Reserva legal e Preservação Permanente.
Através do programa “Foresting 4 Us”, o Centro de Estudos Rioterra tem implementado um projeto ambicioso para restaurar grandes áreas que foram desmatadas ilegalmente na Amazônia. Em atendimento às políticas ambientais e iniciativas internacionais, como o movimento Década da Restauração de Ecossistemas da Organização das Nações Unidades (ONU), ação que busca recuperar ao máximo ecossistemas ao redor do mundo até 2030. O Centro de Estudos Rioterra é parceira oficial da agenda de restauração na Amazônia e tem como meta contribuir com o plantio de 30 milhões de árvores até o final da década.
“A conservação da Amazônia é chave para todos nós e para o planeta. A restauração pode nos ajudar no objetivo de recuperar áreas destruídas no passado e que continuam a ser devastadas podendo levar a floresta a um ponto de não retorno”, alerta a presidente do CES Rioterra, Fabiana Gomes.