O Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Centro de Estudos Rioterra, atuaram em parceria desde 2009, no estado de Rondônia para promover a consolidação do até então, Programa de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais (PRONAT) o qual buscava o protagonismo dos atores sociais para o desenvolvimento de seus territórios.
Entende-se que esse é um processo de empoderamento que requer instrumentos que facilitem os processos em torno das estratégias para o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido elaboramos o Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentado, o qual representa o esforço dos Territórios de Rondônia em construir alternativas para incluir nas políticas públicas as diversidades socioculturais existentes no meio rural. Contudo a presença da sociedade civil organizada em parceria com o Governo Federal, Estadual e Municipal é fundamental para o fortalecimento da agricultura familiar.
Sendo assim, o projeto executado em Rondônia reforçou a necessidade de fortalecer a cultura da gestão social e a ampliação das redes sociais de cooperação, estimulando as iniciativas para que reorientem as dinâmicas socioeconômicas a partir da articulação e coesão das diversas políticas federais, estaduais e municipais.
As ações são realizadas desde 2010 no estado de Rondônia, nos municípios de Itapuã do Oeste, Cujubim, Rio Crespo e a partir de 2018 a área de atuação estendeu-se a Porto Velho e a Candeias.
Nosso projeto é alicerçado em fortalecimento das organizações da sociedade civil, através de ações formativas, como cursos, rodas de diálogo, intercâmbios e dias de campo. Também é trabalhada a regularização ambiental das propriedades através de recuperação de áreas alteradas, doação de mudas. Finalmente, as Ações de desenvolvimento econômico complementam as demais atividades através de assistência técnica e extensão rural para fins produtivos aos agricultores.
A escala municipal é muito restrita para o planejamento e organização de esforços visando à promoção do desenvolvimento. E, ao mesmo tempo, a escala estadual é excessivamente ampla para dar conta da heterogeneidade e de especificidades locais que precisam ser mobilizadas com este tipo de iniciativa.
O “território rural de identidade” é a unidade que melhor dimensiona os laços de proximidade entre pessoas, grupos sociais e instituições que podem ser mobilizadas e convertidas em um trunfo crucial para o estabelecimento de iniciativas voltadas para o desenvolvimento, pois possibilita entre outras coisas, a descentralização das políticas públicas, com a atribuição de competências e atribuições aos espaços e atores locais.
Mas a abordagem territorial não significa apenas uma escala dos processos de desenvolvimento a ser considerada, ela implica também um determinado método para favorecê-los. Nela, o desenvolvimento não é decorrência da ação verticalizada do poder público, mas sim, da criação de condições para que os agentes locais se mobilizem em torno de uma visão de futuro, de um diagnóstico de suas potencialidades e constrangimentos, e dos meios para perseguir um projeto próprio de desenvolvimento sustentável.
É assim que a perspectiva territorial de desenvolvimento rural sustentável permite o formulação de uma proposta centrada nas pessoas, que leva em consideração os pontos de interação entre os sistemas socioculturais e os sistemas ambientais o que contempla a integração produtiva e o aproveitamento competitivo desses recursos como meios que possibilitam a cooperação e co-responsabilidade ampla de diversos atores sociais. Essas visões, diagnósticos, forças e fraqueza são expressas em um documento intitulado Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável, através do qual os Ministérios direcionam seus investimentos.
Apoiar a consolidação do Programa Territórios Rurais de Identidade em Rondônia.
- Reestruturação dos Colegiados Territoriais Madeira Mamoré, Vale do Jamari, Central e Rio Machado;
- Elaboração e publicação dos Planos Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável;
- Melhoria da articulação interinstitucional entre entidades governamentais e não governamentais;
- Fortalecimento das institucionalidades participantes dos Conselhos;
- Organização para acesso aos recursos PROINF, Ministério do Desenvolvimento Agrário/MDA, no valor aproximado de aproximadamente R$ 4,5 milhões de reais;
- Ampliação do acesso aos mercados institucionais do Programa de Aquisição de Alimentos/PAA e Programa Nacional de Alimentação Escolar/PNAE.