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Projeto ERA transformou vidas de mulheres no campo através de soluções sustentáveis.

Iniciativa da Rioterra promoveu autonomia feminina no campo ao integrar biodigestores, práticas agroecológicas e geração de renda, melhorando a qualidade de vida e fortalecendo a segurança alimentar das famílias.

As mulheres do campo desempenham um papel fundamental na produção de alimentos e na segurança alimentar de suas famílias. No entanto, muitas vezes, esse protagonismo é invisibilizado. Além da rotina pesada no manejo da terra, elas ainda acumulam tarefas domésticas e enfrentam desafios como a falta de acesso a tecnologias que facilitem seu trabalho e a dependência financeira dentro do núcleo familiar. Um dos principais obstáculos é o alto custo do gás de cozinha (GLP), que compromete a renda das famílias rurais e aumenta sua vulnerabilidade econômica.

Para enfrentar esse cenário, em 2020, a Rioterra criou o projeto ERA – Energias Renováveis da Amazônia, executado pela Rioterra – Centro de Inovação da Amazônia e financiado pela Misereor. A iniciativa promoveu mudanças significativas na vida de mulheres rurais ao associar sustentabilidade, inovação e empoderamento feminino. O projeto introduziu tecnologias e práticas agroecológicas que facilitaram o trabalho no campo, reduziram impactos ambientais e fortaleceram a autonomia dessas agricultoras. Desde a implantação de biodigestores para a geração de biogás e sistemas fotovoltaicos até a capacitação em técnicas sustentáveis, como a produção de biofertilizantes naturais e o manejo de hortas produtivas.

Inovação Sustentável com Biodigestores

Uma das principais iniciativas do Projeto ERA foi a implementação de biodigestores nas propriedades rurais. Esses equipamentos transformam resíduos orgânicos, como dejetos animais, em biogás e biofertilizantes. O biogás substituiu o uso da lenha e do gás de cozinha, proporcionando economia e melhorando a saúde das mulheres ao reduzir a exposição à fumaça.

Capacitação em Práticas Agroecológicas

Além da tecnologia dos biodigestores, o projeto ofereceu capacitações em práticas agroecológicas. As mulheres aprenderam a produzir biofertilizantes naturais, como a calda de fumo, reduzindo a dependência de produtos químicos e promovendo uma agricultura mais sustentável.

Hortas Comunitárias e Segurança Alimentar

Com o biofertilizante produzido, as agricultoras implementaram hortas comunitárias, garantindo alimentos frescos para suas famílias e gerando excedentes para comercialização. Essa iniciativa fortaleceu a segurança alimentar e proporcionou uma nova fonte de renda, aumentando a autonomia financeira das mulheres.

Energia Solar e Agricultura de Baixo Carbono

Além dos biodigestores, o projeto instalou sistemas fotovoltaicos em propriedades rurais, reduzindo a dependência de fontes de energia tradicionais e os custos com eletricidade. Essa ação contribuiu diretamente para a mitigação da emissão de gases de efeito estufa e fortaleceu a sustentabilidade das famílias beneficiadas.

No total, 69 famílias foram beneficiadas diretamente, com a instalação de 57 biodigestores e 13 sistemas fotovoltaicos. Além disso, 504 famílias foram capacitadas sobre energias renováveis. Essas tecnologias não apenas mitigam problemas respiratórios causados pelo uso de lenha para cozinhar, mas também geram economia em custos de energia, promovendo a transição para uma agricultura de baixo carbono e incentivando o protagonismo feminino na geração de renda e segurança alimentar.

Neste Dia Internacional da Mulher, a Rioterra reforça seu compromisso com a valorização das mulheres agricultoras e com a construção de um campo mais justo, sustentável e equitativo. A experiência do projeto ERA deixa um legado inspirador: quando as mulheres têm oportunidades, toda a comunidade cresce junto.

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