Diante da necessidade de selecionar novos colaboradores para atuarem no projeto Plantar, realizado pelo CES Rioterra em cooperação com Ecoporé e Fetagro, aconteceu no
Viveiro Municipal de Itapuã do Oeste entre os dias 11 e 15 de junho, o curso de “Produção de Mudas e Coleta de Sementes.
“Esse curso é uma oportunidade de capacitação importante, pois proporciona qualificação para pessoas não só para trabalhar nesse viveiro, mas em outros, e até em municípios vizinhos.”, comentou um dos palestrantes, viveirista há 15 anos, Dejesus Ramos.
Entre aulas teóricas e práticas, os alunos puderam conhecer todas as atividades que envolvem a produção das mudas nativas, desde a coleta de sementes até a rustificação (momento de adaptação das novas plantas às condições de campo). Para mostrar como são realizadas as coletas de sementes, os participantes visitaram a trilha da “Pedra Bonita”,
na Floresta Nacional (FLONA) do Jamari, gerida pelo ICMBio, parceiro na execução do projeto. Lá, além de observar como as sementes são coletadas, aprenderam a identificar matrizes florestais, dialogaram sobre a importância dessas matrizes para o acompanhamento dos períodos de floração e frutificação, bem como desse tipo de atividade para fortalecimento da economia florestal.
A partir das sementes coletadas, os participantes aprenderam as demais práticas de trabalhos em viveiros: beneficiar as sementes e quebrar a dormência, semear, repicar, encher sacolas, tubetes e a organizar canteiros.
“Eu estou achando tudo maravilhoso, eu gosto de estudar e conhecer pessoas novas… eu gostei muito de ontem, porque a gente plantou, e eu gosto mais da prática”, falou Keide Arruda, participante do curso.
“Teve um monte de coisa aqui que a gente aprendeu que eu não sabia, nem imaginava que existia… As vezes a gente trabalha com plantio, conhece a planta e a colheita, sabe que esta plantando e vai colher, mas não entende o que acontece ali. Você planta uma semente, mas não sabe porque não germinou, e estudando aqui, a gente aprendeu como selecionar, tratar a semente, não adianta só a prática, tem que saber o porquê” disse Everaldo Alves da Silva, autônomo, participante do curso.
Diante da importante contribuição das atividades agrícolas, pecuárias e florestais no PIB nacional, e visto a crescente demanda de nova áreas produtivas, o curso de produção de mudas tem fundamental importância na internalização da busca por modelos de desenvolvimento sustentável, onde a produção de essências nativas possa ser um crescente mercado, que contribua para manutenção dos serviços ambientais, diversificação de espécies alvo das atividades de extrativismo e para regularização ambiental associada a fins econômicos. O projeto Plantar é apoiado financeiramente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, através do Fundo Amazônia.