A maioria dos alimentos consumidos pelo brasileiro vem da agricultura familiar, um dos principais caminhos para a segurança alimentar
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), uma das estratégias para vencer a fome é o investimento na agricultura familiar.
Em entrevista ao programa de rádio “Brasil Rural”, diretor da Secretaria Nacional de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Marcelo Piccin, falou sobre a importância relação da agricultura familiar com a segurança alimentar de um país.
Ele destaca que o Brasil saiu do Mapa da Fome, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014 com o apoio das políticas de fortalecimento da agricultura familiar. O diretor comenta que outros países buscam estratégias semelhantes fortalecendo a agricultura familiar, a agricultura que abastece as cidades e chega a mesa da população.
“É uma agricultura que produz uma grande diversidade de alimentos, alimentos saudáveis e regionais, portanto há um fortalecimento da cultura alimentar do nosso povo”, diz.
O diretor esclarece que fortalecer a agricultura familiar, a agricultura camponesa e tradicional é uma estratégia importante para conseguir promover a segurança e a soberania alimentar de um povo.
“Nós temos uma agricultura familiar que os dados que são apontados pelo IBGE do último Censo Agropecuário apontam que em torno de 70% dos alimentos são produzidos pela agricultura familiar brasileira e mais de 80% dos agricultores são agricultores familiares.” explica o diretor.
Marcelo Piccin diz que a mandioca, por exemplo, tem mais de 80% da sua origem na agricultura familiar e metade de todo o leite consumido no Brasil vem da produção familiar.
Em suas ações, como o projeto Semeando Sustentabilidade, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobrás Socioambiental, o Centro de Estudos Rioterra promove o fortalecimento da agricultura familiar com foco na geração de renda dos produtores rurais e na conservação do meio ambiente.
*** O Brasil Rural é transmitido de segunda a sexta e aos domingos, às 6h, e sábado, às 7h, nas rádios Nacional de Brasília e Nacional da Amazônia.