As ações da reflorestamento realizadas pelo Centro de Estudos Rioterra serão apresentadas nesta quarta-feira (5), na cidade de Pully, Suíça, a durante a exibição do filme Les Rivières Volantes (Os Rios Voadores), de Aurélien Barros, que é apresentado pela Fundação Aquatis como parte da exposição temporária Rios Voadores do Aquatis Aquarium-Vivarium Lausanne.
Após a exibição, haverá discussão sobre o filme e papel da floresta amazônica na regulação climática, com a participação do diretor Aurélien Barros; de Nusbaumer, PhD, curador do Conservatório e Jardim Botânico da cidade de Genebra, responsável por curso na Universidade de Genebra e pesquisador da Association Nordesta Reforestation & Education; e de Gérard Moss, eco-explorador e criador da expedição científica de Rios Voadores no Brasil, que apresentará as ações de restauração florestal em Rondônia, sudoeste da Amazônia, realizadas pelo CES Rioterra, ações estas extremamente importantes para a manutenção dos serviços ambientais.
A região é estratégica com relação a ciclagem de água e manutenção do “rios voadores”, uma vez que o vapor de água proveniente do Oceano Atlântico entra na região pela costa do Atlântico, provocando precipitação. Grande parte da água das chuvas volta à atmosfera na forma de vapor gerado pela ação a floresta, através da evapotranspiração.
Esse vapor d’água, misturado com o vapor primário residual, provoca chuvas na região mais interior do continente. Esse fenômeno se repete de tal forma que as chuvas são sempre formadas por uma mistura do vapor residual primário, vindo do oceano, e do vapor d’água proveniente da evapotranspiração.
A alteração de ambientes por mudanças de origens antrópicas podem contribuir para a desestabilização deste processo, uma vez que o desmatamento diminui a área de floresta tropical e por, consequência, a quantidade de água que retorna a atmosfera através da evapotranspiração, causando, assim, a diminuição das chuvas e um aumento da temperatura, induzindo a alterações climáticas, sentidas rapidamente em escala local.
Esse problema é agravado na Amazônia, e especialmente em Rondônia, que detêm um dos maiores rebanhos do país, pela retirada da floresta para formação de pastagens.