O Centro de Estudos Rioterra realizou entre os dias 20 e 21 de fevereiro um intercâmbio para troca de experiências entre os produtores rurais de Cujubim e Itapuã do Oeste beneficiados pelo projeto Semeando Sustentabilidade com os produtores atendidos pelo projeto Viveiro Cidadão, desenvolvido pela Ecoporé – Ação Ecológica Guaporé, em Rolim de Moura. Ambos projetos são patrocinados pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental.
Em dois dias de atividades os produtores rurais puderam conhecer melhor o trabalho desenvolvido pelas duas entidades e os projetos por elas desenvolvidos, acompanharam o trabalho no Viveiro de Rolim de Moura para aprender mais sobre o processo de produção de mudas e visitaram propriedades rurais onde foram implementadas ações de recuperação de áreas.
A produtora rural Neide de Oliveira, proprietária do Lote Céu Azul, do Assentamento Dois de Julho, no município de Cujubim, surpreendeu-se com o que aprendeu e voltou para casa cheia de ideias para implementar. “Nunca tivemos isso e agora apareceu um monte de coisa interessante. Estou aprendendo muito e vendo possibilidades de realizar muita coisa na nossa terra. Tudo que aprendi vou aproveitar e quero fazer parte desse projeto enquanto ele existir”, enfatizou.
Entre as atividades realizadas dois momentos ganharam destaque durante o intercâmbio: uma reunião com o responsável pelo setor de Assistência Técnica e Extensão Rural do CES Rioterra, Ueliton Pinheiro, para tirar dúvidas dos agricultores sobre o processo produtivo; e uma dinâmica onde foram discutidas políticas públicas para pequenos produtores rurais.
“Eles discutiram sobre os problemas que enfrentam, conheceram melhor o que são as políticas públicas, programas e projetos e como podem se articular para resolver os problemas coletivamente. Compreenderam a importância de unir esforços e identificar parceiros para implementar as ações de desenvolvimento”, explicou Adirleide Dias dos Santos, gestora ambiental que conduziu as dinâmicas do intercâmbio utilizando a metodologia participativa como ferramenta.
“Eu tinha muita dúvida na hora de escolher o que plantar e hoje eu aprendi que tenho que levar em consideração o preço do produto no mercado, o tipo de solo da minha propriedade e mais um monte de coisas. Todo mundo sabe um pouco e cada um ensinou o que sabe. Foi o momento que eu mais aproveitei e vou levar esse conhecimento para meus vizinhos e para melhorar a produção da minha terra”, contou empolgado Dionísio Luiz de Oliveira, proprietário do sítio Três Corações no município de Rio Crespo.