Restaurar e proteger as Unidades de Conservação do país é fundamental para o meio ambiente
A cada ano, no dia 17 de julho é celebrado no Brasil o Dia de Proteção às Florestas. A data está ligada ao Curupira, personagem do Folclore brasileiro conhecido por proteger as florestas e punir caçadores e agressores do meio ambiente. Um jeito lúdico que as populações tradicionais encontraram para alertar sobre os riscos da degradação ambiental para a sobrevivência humana.
As florestas são essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas. Sua existência nos permite conservar a biodiversidade, produzir oxigênio, fixar e guardar carbono, manter os ciclos de chuva e, consequentemente, os recursos hídricos. As florestas ajudam na estabilização do clima ao servir de reservatórios de carbono no combate ao aquecimento global. Também protegem o solo de erosão e fornecem recursos naturais fundamentais ao desenvolvimento econômico e social das populações, entre vários outros benefícios essenciais à sobrevivência na Terra.
Restaurar áreas degradadas e/ou alteradas no interior e no entorno de unidades de conservação localizadas em Rondônia faz parte das ações do Centro de Estudos Rioterra. Em seus 21 anos de trabalho pelo meio ambiente na Amazônia, a organização tem realizado dezenas de ações pela conservação de Unidades de Conservação com respeito e apoio ao desenvolvimento dos povos tradicionais que habitam essas regiões. Conheça algumas delas:
Flona do Jamari
Na Floresta Nacional do Jamari, por exemplo, localizada nos municípios de Itapuã do Oeste, Cujubim e Candeias do Jamari, há mais de 10 anos o CES Rioterra desenvolve projetos em parceria com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), gestor da unidade.
São ações de pesquisa para compreender as dinâmicas deste ecossistema e as melhores formas de manter sua biodiversidade preservada, atividades de educação ambiental e de manutenção de um banco de sementes de espécies nativas, entre elas, cinco ameaçadas de extinção. Além de apoio para mais de 4 mil agricultores familiares beneficiados em projetos de desenvolvimento econômico e social de forma inclusiva e ambientalmente sustentável.
Resex Rio Preto Jacundá
Na Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá, em parceria com a Associação de Moradores da Resex – ASMOREX, Biofílica Investimentos Ambientais e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia, em 2012, o CES Rioterra implantou o primeiro projeto para geração de créditos de carbono por Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) em uma unidade de conservação de Rondônia.
O projeto, pioneiro na Amazônia, ajuda a conservar a floresta em pé e contribui para mitigar mudanças climáticas, além de possibilitar a promoção do bem-estar social dos moradores e a realização de melhorias nas áreas de infraestrutura, saúde, educação e geração de renda para a comunidade.
No combate às mudanças climáticas, o projeto prevê um total de emissões evitadas de 12.367.970 tCO2, evitando o desmatamento de 35.222 hectares ao longo dos 30 anos de execução do projeto.
Parna Campos Amazônicos
No Parque Nacional Campos Amazônicos, o Centro de Estudos Rioterra realizou recentemente estudos sobre a evolução de paisagens para entender como é o funcionamento deste ambiente e suas dinâmicas. Os conhecimentos elaborados a partir desse trabalho podem servir para orientar a elaboração de planos de manejo e estratégias de gestão do território, possibilitando avanços na preservação das paisagens locais e conservação da biodiversidade.
Parque Nacional de Pacaás Novos
No Parque Nacional de Pacaás Novos, localizada no município de Guajará Mirim (RO), o projeto “Luz para Educação”, está levando energia de fonte limpa e renovável para a única escola que atende os moradores das comunidades tradicionais dessa unidade de conservação. A Escola Municipal João da Mata receberá um sistema de energia solar para substituir o modelo utilizado atualmente, um motor movido a diesel que além de poluente tem manutenção de elevado custo devido ao consumo de combustível. Implantado pelo CES Rioterra em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM), o projeto tem patrocínio do “Future Fund”, fundo capitaneado pela Coalizão Under2 e secretariado pelo The Climate Group, instituições sediadas na Inglaterra.