Apesar da notícia esperançosa, ainda precisamos lutar para manter cada árvore de pé.
Segundo monitoramento realizado pelo Instituto do Homem e da Amazônia e Meio Ambiente (Imazon) o desmatamento na Amazônia caiu 62% de janeiro a novembro de 2023. De acordo com os dados, os estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso foram os mais desmatados. Em contrapartida, os estados de Rondônia, Acre e Maranhão apresentaram redução da destruição. Rondônia
aparece no gráfico com uma variação de -72% em desmatamento entre novembro de 2022 ao mesmo mês em 2023.
As consequências do desmatamento são evidentes, impactando nas mudanças climáticas e, consequentemente , gerando inúmeros impactos globais negativos, desde migrações por falta de água, diminuição dos recursos disponíveis para as populações originárias e tradicionais, degradação dos solos e recursos hídricos para agricultores familiares na região amazônica. Em 2023 os rios da Amazônia sofreram uma seca histórica, deixando a população sem acesso a serviços básicos. Alguns Estados decretaram “estado de emergência” devido aos impactos negativos da seca extrema.
De acordo com Hueriqui Charles, secretário executivo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM): “A redução do desmatamento no Estado de Rondônia requer uma abordagem abrangente, envolvendo medidas como o reforço e a modernização da fiscalização ambiental e aplicação das leis ambientais, ampliação do monitoramento ambiental, promoção de práticas agrícolas sustentáveis (e.g. Plano ABC+) e a implementação do Zoneamento Sócio Econômico-Ecológico (ZSEE). Políticas públicas integradas (e.g. Plano de Ação para Prevenção e Controle e Promoção de Alternativas Sustentáveis ao Desmatamento e Queimadas de Rondônia – PPCASDQ/RO atualizado), incentivos econômicos positivos, e o engajamento ativo da sociedade civil e comunidades locais são essenciais para abordar o desmatamento como parte de uma estratégia mais ampla de desenvolvimento sustentável. A redução do desmatamento na Amazônia também desempenha um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas (…) A integração de políticas e a colaboração entre setores diversos são fundamentais para alcançar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. As instituições do terceiro setor que se dedicam ao reflorestamento, como a Rioterra, desempenham um papel crucial na trajetória de preservação das nossas florestas por diversas razões. Em primeiro lugar, essas organizações desempenham um papel fundamental na restauração de áreas degradadas, promovendo a recuperação de ecossistemas florestais impactados pelo desmatamento e atividades humanas. Seu trabalho contribui diretamente para a conservação da biodiversidade, o sequestro de carbono e a manutenção dos serviços ecossistêmicos essenciais, principalmente os recursos hídricos.”.
Os dados apresentados pelo Imazon trazem um ar de esperança. A Rioterra tem a conservação da Amazônia como missão e compromisso. Apenas em 2023 foram plantadas cerca de 1 milhão de mudas de árvores. Cada semente, cada muda significa o despertar de um sonho. Neste ano de 2024 continuaremos contribuindo para combater o desmatamento ilegal, gerando empregos e oportunidades, nutrindo os sonhos de cada uma das pessoas que assim como nós, fazem da Amazônia seu lar.