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Estudos de vulnerabilidade natural à erosão

O Centro de Estudos Rioterra em parceria com o Grupo Geociências da Universidade Federal de Rondônia realiza pesquisas sobre fragilidade de ambientes e capacidade de suporte a fim de subsidiar políticas públicas voltadas ao ordenamento territorial na Amazônia. O objetivo dos trabalhos é entender as dinâmicas do meio físico e de uso e ocupação dos solos para que sejam geradas informações integradas que possibilitem ações de planejamento com vistas a diminuir impactos decorrentes destas ocupações e sejam indicados os lugares aptos a diferentes atividades desenvolvidas na região para que tenham viabilidade ambiental, social e econômica.

Está é uma área estratégica para aspectos de conservação em Rondônia, pois além de ser a maior área protegida do estado, ela tem seus limites junto a BR 429, um dos maiores vetores de ocupação regional atualmente. A TI funciona como bloqueadora à esses avanços desordenados. Nela se situam as nascentes dos principais rios do estado, sendo por isso apelidada de “caixa d`água de Rondônia”. A terra indígena é habitada por diferentes etnias indígenas como os Jupaú, Amondawa (grupos tupi kawahib), Oro Towati e isolados.
Esse trabalho é de grande relevância para a região por ser desenvolvido numa área que sofre grande pressão sobre os seus recursos naturais, étnicos e culturais. Como resultados, foram gerados instrumentos cartográficos para apoio a gestão e informações sobre as dinâmicas do meio físico.

A pesquisa realizada sobre os modos de ocupação do município de Machadinho d’Oeste para analisar a situação do meio físico da área. O arranjo espacial da região foi definido, principalmente, pela ocupação promovida por ações governamentais através de assentamentos da reforma agrária. Machadinho localiza-se na porção oeste do denominado “Arco do Desmatamento da Amazônia” região que sofre grande pressão antrópica pelo avanço da fronteira agrícola.
Por localizar-se nesta área, vêm sofrendo de graves problemas socioambientais relacionados ao aumento do desmatamento. Os processos de degradação dos solos também se intensificam. Verifica-se na área ocorrência de solos pouco férteis, significantemente susceptíveis à erosão e à instalação de processos erosivos lineares quando a cobertura vegetal é retirada. Esse fator relaciona-se, também, a intensificação do uso do solo para pastagens.
O estudo possibilita aprofundar os estudos de zoneamento da região a partir do cruzamento entre as informações relativas às formas de ocupação da área, da identificação de áreas vulneráveis e, em conseqüência, definir áreas que precisam de cuidados especiais possibilitando um planejamento mais adequado para a utilização das terras.

Estes trabalhos tiveram como objetivo compreender a dinâmica ambiental da Floresta Nacional do Jamari e de seu entorno a partir de características do meio físico a fim de propor um zoneamento ambiental pautada nas aptidões e capacidade de suporte da área como instrumento para subsidiar políticas de ordenamento territorial. Esses conhecimentos são raros na Amazônia e permitem relacionar dinâmicas do meio físico a partir da análise integrada de atributos geoambientais, particularmente relacionados a geologia, geomorfologia, solos, e suas relações com o uso e ocupação da terra, a fim de subsidiar políticas de ordenamento territorial que observem os limites ambientais, suas aptidões físicas e as relações sociedade natureza na busca pela sustentabilidade. Ou seja, são um importante fator tomada de decisões acerca da conservação dos recursos naturais e sobre usar ou não determinada área situada no entorno de unidades de conservação.

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