“Uma das alternativas econômicas mais interessantes para diminuição da pressão sobre as florestas nativas são as florestas plantadas”. Esse foi um dos argumentos muito utilizados pelos palestrantes do 3º Seminário de Florestas Plantadas de Rondônia, realizado nos dias 12 e 13 de maio de 2016, em Vilhena.
O setor cresce em Rondônia e passa a ser visível sua inserção dentre aqueles que ganham escala na porção sul do Estado. Este ano o Seminário contou com a participação de técnicos de diferentes partes do país que explanaram sobre o atual contexto do setor, tendências do negócio, políticas públicas, possibilidades de acesso a financiamentos, bem como sua importância frente as mudanças climáticas e alternativa ao uso de madeira nativa.
Dentre os convidados estava o Centro de Estudos Rioterra, representado pelo geógrafo Alexis Bastos, chamado a proferir palestra sobre o cenário mundial, suas perspectivas para a Amazônia e como as ações do projeto Quintais Amazônicos podem se tornar modelo de replicação para outras populações na região. “Foi enriquecedor poder dialogar com pessoas que estão em outras partes do Estado sobre o que estamos desenvolvendo no projeto Quintais Amazônicos. Nosso trabalho, apesar de ser diferente do usual modelo de florestas plantadas suscitou interesse de muitos presentes, pela possibilidade de conjugar métodos. Vi que há muitos atrativos no setor que podem ser importantes para conservação da Amazônia, principalmente no tocante a ressignificação de áreas já alteradas, permitindo que gerem renda aos produtores, inclusive aos da agricultura familiar”, falou Alexis.
Outro ponto alto do evento foi a assinatura da Lei de Florestas Plantadas de Rondônia assinada pelo Governador Confúcio Moura na noite de abertura. Um dos destaques da nova lei é a dispensa de licenciamento para o plantio de florestas. “Com a nova lei damos um grande salto para fortalecer esta cadeia produtiva e termos Rondônia, de fato, figurando entre os estados com maior potencial de crescimento da atividade”, resumiu o governador Confúcio Moura.