Apoiamos a implantação de fontes de energia renovável na Amazônia
Apoiar a transição do atual modelo de gestão dos recursos de propriedades rurais e comunidades extrativistas da Amazônia, que ainda é intensivo em emissão de gases de efeito estufa, para uma cultura que prioriza a agricultura de baixo carbono e a aplicação de práticas ecológicas na promoção de melhoria de renda, diminuição do desmatamento, conservação da biodiversidade e empoderamento dos agricultores sobre igualdade de gênero, questões climáticas e novas formas de gestão de suas terras.
Esta é a proposta de projetos desenvolvidos pelo Centro de Estudos Rioterra para a implantação de fontes de energia limpa e renovável em comunidades extrativistas e propriedades da agricultura familiar de Rondônia.
Conheça algumas delas:
Energias Renováveis na Amazônia (ERA) – você já pensou em um projeto que melhora as condições sociais da mulher no campo nas áreas de saúde e economia, evita a emissão de metano oriunda de pecuária, conserva a biodiversidade por acabar com o corte de lenha da floresta para preparo de alimentos e com isso tudo ajuda o clima no mundo, por evitar emissões de carbono e metano? Esse projeto existe! Ele é desenvolvido por nós em Rondônia, com apoio da Misereor. Através do uso de BIODIGESTORES em propriedades de agricultoras familiares de Rondônia em situação de vulnerabilidade social, contribuímos para o aproveitamento de resíduos que seriam descartados e geramos biogás e biofertilizante.
O biogás pode ser utilizado como combustível para energia térmica, como em fogões e geração de energia elétrica. E o biofertilizante é um adubo natural, rico em minerais e pode ser usado no solo de hortas e lavouras.
O biodigestor gera benefícios financeiros para as agricultoras. A economia das famílias a partir das instalações é de cerca de 2 mil reais ao ano, o que equivale aproximadamente 15% da renda anual (segundo dados do IBGE).
A ação, contribui também para saúde da mulher, evitando que seja exposta a fumaça liberada nos fogões a lenha, diminuindo o risco de doenças pulmonares.
Luz para Educação – Cerca de 1 milhão de brasileiros vivem sem energia elétrica na Amazônia Legal, segundo dados do Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS) de 2019. Muitos utilizam geradores movidos a óleo diesel, modelo muito poluente e de manutenção com custo alto. Além da negação do direito a energia, imagine se também se isso impedisse que estudantes tivessem acesso a rede mundial de computadores, aos próprios computadores, a uma alimentação correta nas escolas e uma ambiente climatizado a fim de melhorar o ambiente e consequentemente, o aprendizado?
Essa foi, no passado, a realidade vivida por estudantes da Resex Pacaás Novos, localizada em Rondônia. Para contribuir com a mudança desse quadro, o CES Rioterra implantou um Sistema Fotovoltaico (solar), como forma de permitir acesso a energia, internet, ambiente climatizado, conservação de alimentos que permitem uma alimentação balanceada e segurança alimentar para os estudantes. Tudo isso a partir de uma fonte de energia limpa, renovável, abundante e sustentável para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no combate às mudanças climáticas.
Através do projeto Luz para Educação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM/RO) foi instalado um Sistema de Energia Fotovoltaica na Escola Municipal João da Mata, localizada na Reserva Extrativista (Resex) do Rio Pacaás Novos, onde vivem cerca de 26 famílias.
O projeto teve patrocínio do “Future Fund”, fundo capitaneado pela Coalizão Under2 e secretariado pelo The Climate Group.