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GERAÇÃO DE ENERGIA ALTERNATIVA SE TORNA UMA REALIDADE NO CAMPO EM RONDÔNIA

As preocupações com as mudanças do clima trouxeram desafios de adaptação e mitigação ao país, tanto para quem vive na cidade como para quem vive no campo. Pensando em propor ações inovadoras para o desenvolvimento da agricultura familiar na Amazônia, o Centro de Estudos Rioterra em parceria com a instituição alemã MISEREOR, executa há um ano o projeto “Acesso à Energia Renovável com Pequenas Famílias Camponesas”, nos municípios de Itapuã do Oeste, Cujubim e Rio Crespo, em Rondônia.

O objetivo do projeto é incorporar no planejamento de propriedades rurais amazônicas uma cultura de gestão de resíduos sólidos voltada à mitigação e adaptação aos impactos climáticos através da geração de energias renováveis e respeito às questões de gênero, a partir do empoderamento de agricultoras e agricultores familiares.

No dia 15 de agosto de 2018 (quarta-feira), foi realizado o primeiro café feito com biogás, no município de Cujubim/RO. Participaram do evento a Telva Barbosa Gomes Maltezo (Presidente do CES Rioterra), Jessica Felix (educadora), Sheila Becker (extensionista rural), as agricultoras beneficiarias, Cristina Alves, Solange Franki, Rosely Ribeiro, Maria Divina Teófilo, Rosa Becker, e todos os demais convidados, entre agricultoras e agricultores que residem no município de Cujubim – RO.

Como o nome sugere, o projeto é voltado para geração de energias renováveis (energia térmica) e conjuga uma série de questões importantes das pautas internacionais como geração de renda, formas de adaptação às questões climáticas, manejo de resíduos sólidos e gênero na área rural. Nesse sentido, foram instalados há 40 dias alguns biodigestores em propriedades da agricultura familiar situadas no município de Cujubim.

“O projeto possibilita melhorar as atividades da mulher no campo com relação a tempo e segurança, pois são elas que vão na mata cortar lenha e depois precisam carregar até suas casas. O projeto também ajudar a evitar emissão de gases que contribuem para o aquecimento global, seja através da diminuição dos desmatamentos, seja pela queima do metano gerado pelo processo de fermentação dos biodigestores. Além disso, gera economia direta de aproximadamente R$ 2000,00 por ano, pois as famílias não precisam mais comprar gás de cozinha. Elas produzem seu gás a partir do esterco dos animais que criam na propriedade. Outro lado bom é que o resíduo final do biodigestor é um excelente adubo natural e pode gerar renda adicional, tanto na produção de hortaliças e frutas, como pela venda”, comentou Telva Maltezo, presidente do CES Rioterra.

“Nós abastecemos diariamente o biodigestor esperando o dia em que poderíamos usar o gás. Estou muito feliz, pois conseguimos ver os tão esperados biogás e o biofertilizante”, disse a Cristina Alves, agricultora.

Rosa Becker enfatizou: “poder usufruir do biofertilizante e do biogás em minha propriedade são grandes benefícios. Espero que outras pessoas possam ter o mesmo privilégio”.

“Depois que eu comecei a usar o biofertilizante em minha horta e no meu plantio de cacau eu notei que deu uma boa melhorada. Ter o biodigestor na minha propriedade me traz uma satisfação muito grande, espero poder ver outras pessoas sendo beneficiadas também”, disse a Rosely Ribeiro.

Este ano estão previstas novas instalações em Itapuã do Oeste e Rio Crespo.

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