Pensado para ser um ambiente de inclusão de mulheres, a horta comunitária de Itapuã do Oeste, começou a produzir. Para chegar até esse momento, foram realizadas reuniões comunitárias para esclarecimento do que vinha a ser um espaço com tais características. Treinamentos sobre olericultura foram repassados aos comunitários que participaram de cursos preparatórios. Um processo seletivo foi necessário, pois não havia como a horta abrigar a todas as interessadas. Apoio na parte de organização social e produtiva foi prestado por parte do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, Secretarias de Agricultura e de Ação Social de Itapuã do Oeste e Centro de Estudos Rioterra, apoiadores da iniciativa, parte do projeto Semeando Sustentabilidade patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental.
Tendo como princípio o emprego de técnicas agroecológicas, as mulheres que participam da horta comunitária começaram a colher várias verduras como alface, rúcula, cebolinha, couve, quiabo e coentro. Parte da produção elas destinam à venda e outra parcela à doação para instituições que prestam assistência social na comunidade como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município de Itapuã do Oeste.
A iniciativa tem atraído instituições, grupos de crianças e comunitários da região. Há um crescente interesse em visitas à horta comunitária, na busca por conhecer sua história, como foi construída, como estão organizadas e como ocorre o trabalho na horta.
“Muitas mulheres de famílias carentes têm vindo aqui para conhecer e ver como mantemos a horta. Doamos mudas e sementes incentivando assim as mulheres a construírem em suas casas, hortas que ajudarão na alimentação e na renda de suas famílias. Mas legal mesmo, é quando chegam visitas de crianças que ficam encantadas ao descobrirem que podem produzir verduras em suas próprias residências”, disse Adriana R. Souza, uma das mulheres que participa da horta comunitária.
A horta comunitária, com apenas quatro meses, tem possibilitado às mulheres autonomia e protagonismo, bem como, participação em atividades de capacitação, geração de renda, organização social e debates sobre relacionamento interpessoal, além de contribuir para autoestima e melhoria da qualidade de vida.
“É gratificante ver mulheres que você conheceu em momentos de baixa autoestima e hoje ver o sorriso e a confiança que cada uma tem em si, por saberem que cada uma delas venceu seus próprios obstáculos. É animador poder fazer parte desta história. Isso nos motiva a trabalhar cada vez mais neste projeto que ajuda pessoas em situação de vulnerabilidade”, disse Lidiane Camacho, Educadora do CES Rioterra.