Através das vitrines tecnológicas a família Lima Oliveira ficou em primeiro lugar no Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do cacau em Rondônia (Concacau)
Três anos desde a plantação das mudas de cacau, cultivo que mudou o rumo da família de Claudine Rodrigues de Oliveira e Claudio Afonso Lima, um casal que através do projeto plantar, oferecido pela Rioterra em parceria com o BNDES, decidiu investir na qualidade da amêndoa e por meio dessa cultura inspirar os filhos a cuidar da terra.
A parceria da família de agricultores com o Centro de Estudos – Rioterra teve início a partir da implantação vitrines tecnológicas, um investimento em estruturas adequadas de cochos de fermentação e estufa de secagem, insumos e capacitação para a produção de cacau de excelente qualidade, além de conhecimentos transmitidos por uma assistência técnica. Ao todo foram instaladas 20 vitrines tecnológicas. Todo esse projeto contou com o apoio financeiro do BNDES através do Fundo Amazônia.
Antônio de Almeida é técnico de qualidade em cacau e atua em parceria com a Rioterra oferecendo assistência especializada para os produtores. Durante o período de menos de um ano esteve presente nas propriedades que foram beneficiadas pelas vitrines e evidencia a importância desse processo. “Olha, Rondônia está sendo descoberta, nós tivemos a felicidade de encontrar produtores abertos à tecnologia e que prontamente se dispuseram a caminhar com a Rioterra.”
Além de trabalhar a qualidade do cacau, o projeto reflete em ações socioeconômicas, atuando na regularização ambiental das propriedades rurais com uso de sistemas agroflorestais, aliando geração de renda à recuperação de passivos ambientais. O projeto Plantar Rondônia é uma maneira de evidenciar um fruto nativo da Amazônia, mudando a realidade dos produtores, possibilitando que as recompensas sejam sociais e econômicas.
Diante da oportunidade encontrada na parceria com a Rioterra, a família Lima Oliveira ressalta que a lavoura de cacau foi pensada para ocupar pouco espaço, render frutos financeiros e também afetivos, uma maneira de ensinar e incentivar os dois filhos ainda crianças a cuidarem da terra e permanecer no espaço ao longo dos anos. O cultivo teve início há 3 anos e meio e são 1480 pés de cacau plantados na propriedade. Claudio conta que antes da chegada da Rioterra a colheita foi de 63 kg e após todo conhecimento adquirido passou para 450 kg. Além do aumento de sementes, a qualidade do produto se tornou evidente.
Claudine destaca a importância dessa parceria. “A Rioterra tem sido fundamental aqui na nossa produção, porque além do dia de campo que a gente consegue aprender, nós tivemos a contribuição da estufa, do cocho, que nós ganhamos, a gente consegue aumentar também além da qualidade, aumentar também a produção, como adubos que a gente ganhou, a gente já consegue adubar melhor, mais vezes ao ano, então assim, tudo que é de contribuição ajuda pelo fato da gente não precisar tirar da nossa produção, do nosso bolso para investir, já que não é uma cultura barata que a gente investe. A contribuição da Rioterra é maravilhosa.”
A parceria entre a agricultura familiar e a Rioterra em menos de um ano refletiu na primeira colocação de Claudio e Claudine no Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Cacau de Rondônia. E a colocação entre os dez melhores produtores de cacau sustentável de Rondônia das famílias de Evando de Freitas (em memória) e Selma Targa de Freitas. Patrícia Barbosa da Silva e Gilmar Lucio da Silva, que também fazem parte do projeto Plantar.
O Centro de Estudos Rioterra agradece a oportunidade de estar presente na vida da agricultura familiar de Rondônia, possibilitando que um trabalho tão importante possa transformar a vida de cada uma das pessoas tornando a instituição uma referência na atuação da região amazônica.