Restor, maior plataforma do mundo sobre restauração, já está disponível
Entre as informações disponibilizadas pela startup estão mais de 3 mil polígonos restaurados em projetos de reflorestamento do Centro de Estudos Rioterra.
A maior plataforma do mundo de dados abertos e base científica, baseada em mapas, com informações integradas sobre restauração de ecossistemas está pronta e o acesso as mais de 73.000 iniciativas de restauração e conservação, além de dados de mais de 60.000 cientistas sobre parâmetros ambientais como clima, temperatura, precipitação, espécies locais de plantas e árvores, características do solo e muito mais, registradas até o momento na plataforma, é gratuito e aberto aos interessados.
Fundada pelo Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Zurique (ETH Zürich), a startup foi criada para apoiar o planejamento, gerenciamento e monitoramento de projetos de restauração florestal e tem a proposta de reunir, em um único lugar, experiências de reflorestamento de todos os lugares do mundo, trazendo o histórico e as características das áreas, métodos e tecnologias empregadas na restauração, e os indicadores do processo para aumentar o impacto, a escala e a sustentabilidade dos esforços de restauração.
Integrando a rede de fundadores e desenvolvedores da startup, o Centro de Estudos Rioterra é a única organização do sudoeste da Amazônia a participar da plataforma por sua experiência e liderança em mais de 10 anos dedicados ao trabalho de restauração florestal. Atualmente, informações de cerca de 3 mil pontos de reflorestamento, implementados pelo CES Rioterra em propriedades rurais e unidades de conservação de Rondônia, podem ser acessados por usuários da Restor em todo o mundo.
“O mais inovador desta iniciativa é que não se trata de mais uma plataforma de visualização de imagens das áreas restauradas. Para além da troca de experiências, o acesso a informações tão detalhadas das iniciativas torna possível analisar os resultados e, a partir de erros e acertos das experiências apresentadas, construir as melhores práticas para a restauração em cada região. Isso viabiliza um grande salto, tanto em conhecimento quanto no alcance de resultados, para o trabalho de restauração em escala ao redor do mundo”, explica Fabiana Barbosa Gomes, que é doutora em Geografia – Paisagem e Análise Ambiental e Gerente do setor de Análise e Monitoramento da Paisagem do Centro de Estudos Rioterra, área responsável pela gestão dos dados da organização na Plataforma Restor.
A CEO da Restor, Clara Rowe, diz que espera “possibilitar e acelerar a restauração ecológica em todo o mundo, tornando mais fácil para qualquer pessoa, em qualquer lugar, se envolver.”
E o professor do ETH Zürich, Thomas Crowther, cujo grupo de laboratório desenvolveu a Restor, disse em um comunicado à imprensa que “A Restor tornará todo o mundo da conservação e restauração ambiental acessível em qualquer smartphone. Fizemos isso desenvolvendo uma espécie de Google Earth para orientar a restauração de todos os tipos de ecossistemas da Terra.”
A plataforma Restor está disponível no endereço eletrônico www.restor.eco