A Jabuti filmes que produziu a série “Os Quatro da Candelária” dá exemplo de como o cinema pode contribuir para neutralizar suas emissões de carbono (CO2).
Uma iniciativa inédita para disseminar a nova cultura ambiental de compensação das emissões de carbono (CO2). A Jabuti Filmes que produziu com a Netflix a série “Os Quatro da Candelária”, formalizou uma parceria com o Centro de Inovação a Amazônia – Rioterra para plantar árvores de espécies nativas da Amazônia, muitas delas ameaçadas de extinção. O local escolhido é o Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia (CBCA), localizado na comunidade de Vila Nova de Teotônio, em Porto Velho (RO), onde a Rioterra está constituindo vitrines tecnológicas de recuperação de áreas degradadas.
O criador e diretor da série Luis Lomenha disse que a Jabuti Filmes sempre teve preocupação com as destinações corretas, e nas gravações de audiovisual disponibiliza coleta seletiva para resíduos e outros cuidados ambientais. Dessa vez, a produção da série inovou com a ação de plantio de árvores para compensar a pegada de carbono gerada em todas as fases do projeto. “É uma série que retrata a vida real e tem também sonhos. É uma série que mistura gêneros e isso traz uma certa leveza sem perder a crítica social”, afirmou.
Lomenha também enfatizou que o crescimento da indústria de audiovisual provoca o surgimento de novos ideais, e essa ação reforça o compromisso da Jabuti Filmes com a sustentabilidade e a responsabilidade social, utilizando a visibilidade da série para inspirar atitudes positivas no público. “A gente está sempre crescendo e hoje a indústria de audiovisual está crescendo muito, no entanto, a gente precisa cuidar mais de tudo que a gente faz. Se todas as indústrias de audiovisual fizessem isso e tivessem essa preocupação com o meio ambiente, coletas seletivas e compensação de carbono, estaria reforçando essa proposta de garantir um futuro melhor para as próximas gerações”, declarou.
Os primeiros exemplares plantados receberam plaquetas com a identificação da espécie e com o nome de cada integrante do elenco da série “Os Quatro da Candelária”. Essa iniciativa visa gerar maior engajamento e destacar o comprometimento de cada ator e atriz com o meio ambiente inspirando o público para atitudes positivas.
A Rioterra foi representada na ação por sua Tesoureira, Telva Maltezo, que ressaltou a importância da ação para reforçar o conceito de sustentabilidade e que a decisão da Jabuti Filmes de plantar árvores na Amazônia despertará novas ações de segmentos que ainda não estão inseridos nessa demanda ambiental. “É uma iniciativa muito inovadora, que tem importante relevância porque traz o universo do audiovisual para perto das questões ambientais. Acreditamos que a aproximação é benéfica para sociedade, pois o crescimento do setor e sua visibilidade podem propulsionar mudanças significativas em como os telespectadores encaram tais questões”, realçou.
A engenheira agrônoma da Rioterra, Victória Filgueira, explicou que o CBCA é uma área que foi desmatada e usada por muitos anos pela pecuária intensiva. Através de parcerias, a área está sendo recuperada com vitrines tecnológicas compostas por espécies nativas da região. Ela elogiou a iniciativa da Jabuti Filmes de escolher o local para realizar a ação de compensação ambiental e optar pelas espécies que estão ameaçadas de extinção, principalmente: castanha-do-Brasil, cumaru, mogno, cerejeiras e itaúba. “São espécies que têm sido visadas nesse modelo de exploração madeireira e, nesse sentido, é importante recompor essa área com exemplares desses gêneros”, enfatizou.
O Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia (CBCA) é uma iniciativa conjunta da Rioterra, Santo Antônio Energia e Instituto Amazônia+21 que visa disseminar conhecimentos técnicos e científicos sobre recuperação de áreas na Amazônia.