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Restauração Florestal

Organizações do Setor Florestal visitam ações de reflorestamento em escala do CES Rioterra

Representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Conservation International (CI), organização internacional que apoia ações de conservação e restauração ambiental ao redor do mundo, estiveram em Rondônia para conhecer iniciativas de recuperação florestal implementadas no Estado.

As visitas aconteceram na segunda quinzena de fevereiro, e o Centro de Estudos Rioterra foi uma das instituições visitadas pela comitiva que contou também com a participação de representantes da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (Sedam).

O grupo conheceu as instalações do Viveiro Rioterra, em Itapuã do Oeste, onde são produzidas mais de 1,2 milhão de mudas por ano e as ações do Plantar Rondônia, projeto pioneiro no Brasil no apoio à regularização ambiental de propriedades da agricultura familiar ao atual Código Florestal.

A comitiva visitou também a área de 260 hectares ilegalmente desmatada na Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá, em Cujubim, que em 2020 foi reflorestada pelo Centro de Estudos Rioterra com o apoio de organizações internacionais e outros 340 hectares em processo de recuperação com apoio da CI.

“Conhecer a experiência realizada neste reflorestamento foi importante para entender os desafios da recuperação florestal em escala na Amazônia e identificar práticas à serem replicadas em outras regiões”, comentou Neila Cavalcante, gerente de Projetos da Conservation International (CI).

Julie Messias, diretora de Ecossistemas da Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente, explicou que o objetivo dessas visitas é compreender as demandas dos Estados em restauração florestal e conhecer iniciativas que sejam referências na implementação de reflorestamento para ampliar as ações para outras regiões da Amazônia.

 
“O Brasil fez o anúncio de restaurar 18 milhões de hectares até 2030. Assim, temos analisado o potencial dos projetos para operacionalizar e atender a meta anunciada, identificando potencialidades e lacunas nos Estados para pensar o planejamento estratégico das próximas ações.   As iniciativas do Centro de Estudos Rioterra estão bem estruturadas, com condições técnicas para atender uma demanda em grande escala. Há capacidade de ação desde a produção das mudas e a organização também demonstra alta capacidade em conduzir pesquisas de quantificação de carbono nas áreas que estão em processo de restauração”, comentou Julie Messias.

Alexis Bastos, coordenador de Projetos do Centro de Estudos Rioterra, destacou o quão é importante as instituições públicas e privadas que apoiam ações ambientais na Amazônia visitarem os projetos para compreenderem as particularidades da região, avaliarem os resultados alcançados e melhor guiarem a toma de decisão para o desenvolvimento de projetos e políticas públicas.

“Vir a campo e conhecer as ações apoiadas aumenta a capacidade dessas organizações de buscar alternativas mais eficientes para trabalhar em outras regiões da Amazônia. Para o Centro de Estudos Rioterra esta é também uma ótima oportunidade de estreitar laços com nossos parceiros na recuperação florestal e darmos escala a estas ações. Temos tecnologias sociais que podemos dividir com outros Estados e ampliar em muito o potencial de recuperação de áreas na Amazônia. Acumulamos vasta experiência em mais de 12 anos trabalhando com o tema, tendo reflorestado mais de 5.000 hectares de áreas degradadas em Rondônia”, detalhou Bastos.

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