O Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia Rioterra realizou no distrito de Surpresa, em Guajará Mirim os cursos de processamento de derivados de mandioca, confecção de biojóias e artesanatos, inclusão digital e comunicação.
Ocorridas em setembro deste ano, essas capacitações foram planejadas para atender ao projeto Agricultura Familiar no Entorno do Parque Nacional Serra da Cutia (PNSC), apoiado pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia ARPA, em parceria com o Fundo Brasileiro para Biodiversidade FUNBIO, gestor dos recursos. As atividades desenvolvidas em Supresa pela Rioterra conta ainda com uma logística estratégica oferecida pelo Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade ICMBio, já que a gerência do PNSC tem sua principal referência de entrada e saída do parque a comunidade de Surpresa.
O trabalho aí realizado se dá por intermédio da Associação de Moradores e Agricultores Familiares de Surpresa AMADSUR e da Associação de Mulheres e Jovens de Surpresa AMJOS com quem a Rioterra tem apresentado e introduzido o conceito do desenvolvimento das cadeias produtivas de farinha, biojóias e artesanatos com a perspecitiva de melhorar a renda dos moradores locais. Assim como o trabalho da Rioterra no entorno do Parque Estadual de Corumbiara, com o apoio do Arpa, (ver matéria nesta página) este também visa, através da utilização mais racional e otimizada dos recursos existentes na região, diminuir a pressão sobre os recursos naturais do PNSC, contribuindo para as atividades de conservação deste trecho do Território Madeira-Mamoré
Considerando as necessidades e os interesses das populações locais, o ARPA prevê o desenvolvimento e a implementação de estratégias de cooperação que visam otimizar a efetiva consolidação das unidades de conservação (UCs), fortalecendo o seu entorno do ponto de vista social e ambiental, envolvendo as comunidades afetadas pela criação das UCs de proteção integral criadas na região onde estão localizadas. O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade Funbio é a instituição que repassa os recursos do Arpa, monitora a execução do projeto e assessora sua gestão.
A Rioterra, responsável pela execução, desenvolve atividades voltadas para o uso sustentável da floresta em comunidades tradicionais há anos. Além de implementar os projetos de geração de renda, contribui com acompanhamento técnico, atividades de formação para fortalecimento do capital social e desenvolvimento de cadeias produtivas para os produtos oriundos dessas comunidades.
Quando lhes são dadas condições, essas comunidades são valorosos aliados nos trabalhos de conservação, pois com o conhecimento acumulado através de gerações, aprenderam que suas vidas dependem dos recursos naturais da floresta que as cerca, o que as transforma em grandes protetores desse patrimônio.!