Jornada ESG escolheu as ações da Rioterra para mostrar o que o Estado tem em boas práticas sustentáveis
Para estudar os principais desafios da sustentabilidade e tendências globais, o publicitário e diretor de cena Marcel Guariglia resolveu pegar a estrada e percorrer 50 mil quilômetros, passando por 18 países, numa trajetória iniciada em Ushuaia – uma cidade na Terra do Fogo, no extremo sul da Argentina, até o Alasca – ponto extremo da América do Norte. A iniciativa gerou o projeto Jornada ESG, uma expedição pelas Américas (Sul, Central e Norte) desbravando as fronteiras da sustentabilidade em busca de ideias, caminhos e iniciativas por um mundo melhor.
No dia 3 de julho, Marcel Guariglia chegou a Rondônia. O Centro de Estudos Rioterra e o Centro Cultural Indígena Wagôh Pakob Paíter Suruí foram escolhidos pela curadoria da expedição com base em uma pesquisa dentre mais de 300 projetos.
O publicitário gravou entrevista com a presidente da Rioterra, Fabiana Barbosa Gomes que falou das ações implantadas no estado beneficiando mais de 8 mil agricultores familiares e impactos gerados através das ações de restauração. Através dos projetos da Rioterra foram produzidas e doadas quase oito milhões de mudas, reflorestadas mais de seis mil hectares de áreas degradadas, além de benefícios de assistência técnica e extensão rural, cursos de capacitações para mais de 3500 pessoas e formações e atividades de educação ambiental.
Fabiana Gomes também destacou as tecnologias sociais inovadoras da Rioterra que proporcionam geração de renda para os agricultores beneficiados. Segundo explicou, no caso dos reflorestamentos, isso é possível pelo Sistema Agroflorestal (SAF) onde o cultivo intercala espécies florestais com frutíferas e culturas de ciclos curtos numa mesma área. São mais de cem espécies nativas da região amazônica que estão sendo conservadas a partir da reprodução de mudas. “Em todas as nossas ações buscamos conciliar os benefícios para o meio ambiente com as vantagens imediatas e a longo prazo para os agricultores familiares atendidos, formando uma cadeia de valor que possa ser compensadora em todos os sentidos”, afirmou.
Quem também falou sobre a Rioterra foi o coordenador geral de projetos Alexis Bastos que explicou sobre as linhas de atuação. Ele destacou que as ações têm como ponto de partida a pesquisa e inovação construindo modelos que integram o desenvolvimento socioeconômico e ambiental, conservando áreas protegidas, recuperando áreas degradadas e promovendo a absorção de carbono da atmosfera. ”Já são mais de um milhão de hectares de áreas protegidas, temos feitos muitos projetos de restauração e também muitos projetos de geração de emprego, renda e inclusão aqui na região”, enfatizou.
Jornada ESG
O conceito de ESG sigla em inglês que reúne políticas de meio ambiente, sustentabilidade e governança e está diretamente relacionada com a geração de negócios. A tendência mundial é que seja cada vez mais cobrada de empresas, corporações e pessoas visando integrar à processos produtivos diversos, conceitos de sustentabilidade.
Conforme explicou Marcel Guariglia, a Jornada ESG é uma expedição com rota traçada para encontrar soluções práticas e desmistificar o ESG, ainda pouco conhecido fora dos círculos especializados, tornando as ações conhecidas e revelando soluções ambientais, sociais e de governança. Tudo que é conhecido ao longo do caminho é registrado e divulgado na página principal www.jornadaesg.com e nas mídias sociais do projeto.
Guariglia também explicou que a Jornada ESG parte sempre dos questionamentos sobre a coerência das ações com os valores, e, quanto há de engajamento dos colaboradores ou cadeia de valor nos mesmos valores, metas e objetivos propostos nas ações.
Para a escolha dos negócios de impacto e as iniciativas sustentáveis que serão registradas e divulgadas pela Jornada ESG são considerados os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, inseridos na Agenda 2030.