Essa pergunta nos foi feita ontem (26/09) em Berlim, durante o evento “Café da Manhã na Betahaus”, espaço de coworking conhecido por acolher startups e projetos inovadores na Europa.
Ela certamente nos fez refletir. Mas, serviu para confirmar que esse trabalho é uma opção que vale a pena: resultados positivos para a conservação da maior floresta tropical do planeta, desenvolvimento de oportunidades para povos indígenas, populações tradicionais e mais 25 milhões de pessoas que vivem nela, e na luta contra a emergência climática.
“Na Rioterra, temos nos focado na conservação e na restauração de paisagens, porque isso nos ajuda em nosso objetivo de proteger a maior floresta tropical do planeta. Essas ações são importantes por mostrar diferentes formas de uso da floresta, que podem ser economicamente rentáveis e servirem como um contraponto ao atual modelo predador e insustentável de uso dos recursos naturais, não apenas para as questões climáticas mas para combater a vulnerabilidade social e melhorar a vida de quem vive na floresta ”, explicou Alexis Bastos, coordenador de projetos e fundador do Rioterra.
Entre os dias de 23 e 27 de setembro, a Rioterra participou da Semana da Amazônia, organizada pela Embaixada do Brasil em Berlim e focada no debate de desafios e soluções para a implementação de uma sociobioeconomia sustentável na região.
Na quinta-feira, participamos na Betahaus de uma apresentação com Nick Oakes, co-fundador da Impact Earth e do Amazon Biodiversity Fund (ABF), fundo de investimento que busca não apenas impactos econômicos na região, mas projetos inovadores que resultem em mudanças positivas sociais e ambientais de impacto para Amazônia. Tanto Nick quanto Alexis destacaram a importância e o potencial da inovação como fatores-chave para o futuro da floresta tropical.
Tivemos uma troca muito construtiva com uma platéia, que estava muito interessada no tema. Dentre os participantes, estava o inovador Michel Tauan, que está desenvolvendo protótipos de máquinas para tecnificar processos de manutenção de de áreas e colheitas de café e cacau para agricultores familiares que trabalham com agroflorestas, um campo onde há muito por fazer e que pode trazer grandes benefícios à sociobioeconomia, principalmente para as comunidades.
Foi uma troca muito interessante e revigorante. Muito obrigado à Priscila Terenzi e à Kaa Harmony por moderar o debate e à Betahaus por nos receber!