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Núcleos associativos se firmam como importante espaço de diálogo entre organizações sociais da agricultura familiar

Mais de 500 pessoas participaram das reuniões de Núcleo Associativo Municipal, realizadas na última semana nas 12 cidades que integram o projeto Plantar em Rondônia. O objetivo é reforçar e fortalecer a participação das organizações sociais no desenvolvimento da agricultura familiar, na luta pela garantia de direitos e, ainda, discutir a nova fase do projeto, que inicia na próxima semana com a distribuição das mudas para o plantio nas áreas a serem recuperadas.

Os Núcleos Associativos Municipais são formados por associações, cooperativas, sindicatos e outros grupos organizados representativos da agricultura familiar, um espaço pensado, através do projeto, para se discutir e planejar ações de desenvolvimento do setor, resolução de problemáticas comuns às comunidades, para além das ações do Plantar.

Os núcleos associativos são importantes espaços para diálogo entre as associações

A agricultora familiar Creonice Vilarim, da Associação de Mulheres Agroecológicas do Riachuelo, linha 86, em Ji-Paraná, acredita que o núcleo é um espaço onde as associações podem dialogar sobre os desafios comuns, suas problemáticas e buscar soluções conjuntas. “ A gente pode discutir pautas que são pouco movimentadas por nós mesmos, porque não tínhamos esse espaço antes, como nossa produção, plantio, melhoria da minha propriedade, da qualidade de vida, além de outras questões que nós, as vezes, achamos que não estão nos ferindo, mas estão, como educação no campo, sucessão rural e a pressão de grande produções sobre a gente”, reflete Creonice.

E a ideia é exatamente essa, que os núcleos sejam um espaço de compartilhamento e fortalecimento das associações. “Nosso projeto teve data para começar e tem data para acabar, o nosso objetivo é que esses espaços de discussão permaneçam, independente dele, como um local de fortalecimento coletivo e desenvolvimento das comunidades, de cadeias produtivas e do setor, como um todo”, reforça Bruna Érica Oliveira, dinamizadora Econômica do setor de Educação do Centro de Estudos Rioterra.

Ainda na pauta das reuniões, foi discutida a distribuição e plantio de 700 mil mudas nas áreas que serão recuperadas nas propriedades que aderiram ao projeto. Serão cerca de 1.000 hectares recuperados neste primeiro ano de projeto – ao final de 3 anos a meta é recuperar 3.000 hectares – sendo a maior operação de recuperação de áreas do país.

Nas reuniões também foi discutida a logística para distribuição das mudas

Na fase de preparação das áreas, foram distribuídos 1.300 rolos de arame (correspondente a 1.300.000 metros) e cerca de 45 mil estacas, entre outros materiais para isolamento de acordo com a necessidade de cada propriedade, além de 300 toneladas de calcário e adubos de plantio e cobertura.

Atualmente, mais de 100 associações integram os núcleos associativos nos municípios de Itapuã do Oeste, Cujubim, Machadinho D’Oeste, Rio Crespo, Ariquemes, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Ji-paraná, Presidente Médici, Castanheiras, Novo Horizonte do Oeste e Rolim de Moura.

O Plantar é um projeto pioneiro no Brasil, realizado pelo Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia – Rioterra, em cooperação com a Ação Ecológica Guaporé – Ecoporé e Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia. E, ainda, em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – Sedam e apoio financeiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES por meio do Fundo da Amazônia.

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